sexta-feira, 2 de março de 2012

Questão Tibetana é levantada na sessão de Direitos Humanos da ONU

Dharamshala, 2 de março: os países membros levantaram a atual situação no Tibete na 19ª Sessão Conselho de Direitos Humanos da ONU, em curso em Genebra.

Maria Otero, Subsecretária de Estado da Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos dos EUA  expressou hoje
em seu discurso a "preocupação" do governo dos EUA com a atual situação no Tibete.

"Os Estados Unidos continuam seriamente preocupados com a recente violência e as tensões contínuas em áreas tibetanas da China. Apelamos a todos os governos, incluindo a China, a respeitarem as liberdades fundamentais de religião e de expressão de todos os seus cidadãos, incluindo membros de minorias étnicas", disse Otero.

Na quarta-feira, o Vice-Primeiro-Ministro tcheco e Ministro das Relações Exteriores manifestou "grave inquietude" com a atual situação no Tibete, em uma declaração feita durante as sessões de Segmento de Alto Nível.

"Com o
grave mal-estar, seguimos a escalada contínua de tensões em áreas tibetanas da China como evidenciado por uma série de auto-imolações. No ano passado, 22 tibetanos decidiram agir de forma trágica, a fim de despertar o "establishment" e atrair nossa atenção ", disse Karel Schwarzenberg.

A sessão, que contou com diplomatas e funcionários governamentais de 70 países, concentrou a maioria de seu tempo e energia sobre o conflito armado na Síria, entre as forças governamentais e os rebeldes.

A sessão aprovou uma resolução "condenando veementemente as contínuas violações generalizadas e sistemáticas dos direitos humanos e direitos fundamentais por parte das autoridades sírias" e "lamentou as ações brutais do regime sírio nos últimos 11 meses."

Em 4 de fevereiro, a China, juntamente com a Rússia, votou contra uma resolução da Conselho de Segurança da ONU que exigia que o presidente da Síria, Bashar al-Assad, interrompesse a repressão implacável de dissidentes, e iniciasse uma transição para a democracia.

Poucas semanas depois do apoio tácito dos dois poderes de veto da ONU, o número de mortos estimado na Síria subiu de 5.400 para mais de 7.500.

O Conselho Nacional
Sírio, o maior grupo de oposição, disse que a Rússia e China eram "responsáveis ​​pelos atos crescentes de mortes", chamando o veto de "um passo irresponsável que equivale a uma licença para matar com impunidade".

Mais cedo, o secretário-geral do CDH da ONU concordou em publicar e divulgar uma declaração escrita sobre a discriminação que está sendo enfrentada pelos tibetanos dentro do Tibete e o fracasso da China a respeitar a "Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial", da qual é parte.

A declaração apresentada por uma ONG com base na França, o "Mouvement contre le racisme et pour l'amitié Entre les peuples (MRAP)", será disponibilizado a todos os delegados da 19 ª Sessão do CDH.

A declaração discute em detalhe a crescente discriminação contra os tibetanos no Tibete como evidenciada nas políticas e leis chinesas para áreas tibetanas autônomas, as práticas discriminatórias de aplicação da lei, a discriminação com base na crença religiosa e a discriminação através do desenvolvimento econômico.

"Retórica
e práticas discriminatórias chinesas contra o povo tibetano têm-se intensificado, e os tibetanos seguem em sua demanda por direitos humanos e liberdades fundamentais", disse a declaração do MRAP .

A 19ª sessão do CDH segue até 23 de março.

Tradução livre de Jeanne Pilli

http://www.phayul.com/news/article.aspx?id=30996&article=UN+human+rights+session+raises+Tibet&t=1&c=1

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