Décima-primeira Auto-Imolação no Tibete

Palden Choetso, 35, uma monja budista tibetana da região de Khem Tawo, no Leste tibetano, ateou fogo a si mesma hoje, clamando por longa vida ao Dalai Lama. Aparentemente, a monja morreu em decorrência das queimaduras.

Esta notícia chega logo após a de que o Instituto Confucius, uma organização cultural ligada diretamente ao governo chinês, ofereceu à Universiade de Stanford 4 milhões de dólares como financiamento para professores em chinês, porém com uma condição: Stanford não deveria mencionar o Tibete, de maneira alguma. Richard Saller, diretor do Departamento de Ciênicas Humanas de Stanford, recusou as condições draconianas e a China, é claro, recuou.

Atualmente, há 75 Institutos Confucius em escolas e universidades americanas e muito embora nem todos tenham se manifestado abertamente a respeito da opressão chinesa sobre o Tibete, o governo chinês sente necessidade de lidar com os sentimentos pró-Tibete que vem crescendo nas universidades americanas. Uma das formas de fazer isso é por meio dos Institutos Confucius.

Além disso, onze tibetanos já praticaram atos extremos de heroísmo, que o governo chinês não pode controlar ou filtrar. Onze pacíficos monges e monjas contra o império chinês... e o mundo inteiro está assistindo.

Sou grato pelo papel que nossas universidades e nossos alunos vem desempenhando em aumentar a consciência sobre a ocupação do Tibete pelo governo chinês. Num tempo em que a educação superior americana enfrenta dificuldades financeiras e curriculares, é confortante perceber que ao menos o governo chinês nos vê como uma ameaça aos seus planos em relação ao Tibete.

A China, de fato, parece nos levar mais a sério que muitos dos nossos legisladores.

Tradução livre de Luciana Aguiar

http://readwrite.typepad.com/artibet/2011/11/the-eleventh-self-immolation-in-eastern-tibet-china-human-rights.html