terça-feira, 22 de novembro de 2011

Exibição Pública de retrato do Dalai Lama no Tibete



Por Tendar Tsering



DHARAMSALA, 22 de novembro de 2011.



Um grande retrato de Sua Santidade o Dalai Lama juntamente com duas bandeiras tibetanas foram vistos expostos sobre o telhado do monastério Ragya em Amdo Golok, Tibete oriental, no domingo.



Ao falar para Phayul, Gadhen, um monge tibetano do monastério Sera no sul da Índia, que anteriormente era monge no monastério Ragya no Tibete, disse que o retrato do Dalai Lama juntamente com as bandeiras tibetanas estava sendo vistos por muitos, pendurados sobre o telhado do monastério.



“Foram deixados lá exibidos por algum tempo antes de os Oficiais Chineses da localidade vir e levarem o retrato e as bandeiras tibetanas”, Gadhen disse.



Slogans também foram, de acordo com relatos, escritos sob o retrato e as bandeiras nacionais tibetanas, os quais são ambos proibidos no Tibete ocupado pela China.



Citando contatos no Tibete, o antigo Monge de Ragya relatou a Phayul que testemunhas visuais não poderiam confirmar uma leitura clara dos slogans. Quando perguntado se a polícia chinesa teria prendido alguém do monastério ligado ao protesto, Gadhen respondeu negativamente.



Em 2009, Ragya testemunhou protestos contra a China em seguida ao suicídio do monge de 28 anos de idade Tashi Sangpo.



O monastério Ragya foi completamente interditado e muitos de seus monges foram detidos depois que panfletos contendo mensagens políticas circularam e uma enorme bandeira nacional tibetana foi hasteada sobre o principal salão de oração em 10 de março daquele ano.



A morte de Tashi Sangpo deu início a protestos em Ragya com os tibetanos indo às ruas carregando bandeiras nacionais tibetanas e cantando slogans “independência para o Tibete” e “vida longa para o Dalai Lama”.



Desde março deste ano, 11 tibetanos atearam fogo aos próprios corpos, protestando contra a contínua ocupação do Tibete pela China e demandando o retorno do Dalai Lama do exílio.

Este texto é uma tradução livre de Bruno Arrais de Mendonça (brunoarrais@gmail.com). 

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