SENDAI, JAPÃO, 5 de novembro de 2011 - Quando Sua Santidade o Dalai Lama estava dando um conferência sobre a situação desfavorável ontem em Sendai, o epicentro do terremoto, um professor universitário expressou sua séria preocupação sobre a atual situação dentro do Tibete e pediu forte apoio ao Tibete. Ele disse: "Nós nos posicionamos por um Tibete Livre". O professor perguntou ao Dalai Lama o quê poderia fazer para deter o governo chinês e sua contínua repressão ao povo tibetano. Sua Santidade disse que vê a questão por diversos aspectos diferentes. O primeiro, disse, é o aspecto dos direitos humanos. Nos últimos 50, 60 anos têm havido sérias violações aos direitos humanos, ameaçando a sobrevivência da cultura, do idioma, da religião e do meio ambiente tibetanos. "Mais de 99% dos tibetanos, incluindo os membros altos do partido, têm muito ressentimento dos mais profundos em seus corações", acrescentou.
Sua Santidade disse que a cultura tibetana é uma cultura de paz, compaixão e não-violência e por isso, vale a pena ser preservada.
Da mesma forma, disse, o povo tibetano tem mantido viva a mais profunda e antiga tradição do Budismo Nalandada índia, o que de fato é um dos tesouros do mundo. Ele acrescentou que muitos cientistas de primeiro nível estão demonstrando interesse pela ciência budista.
Disse também que a maioria dos maiores rios da Ásia se originam no planalto tibetano e alguns ecologistas, incluindo chineses, descrevem o Tibete como o terceiro polo, tendo importância equivalente à dos polos norte e sul, sobre os padrões do clima mundial.
Sua Santidade disse também que os tibetanos nascidos no Tibete estão em uma melhor posição de preservar sua cultura, língua e ecologia e que eles deveriam ter a plena autoridade e a última palavra com respeito à preservação de sua cultura única e da ecologia.
Ele reafirmou que o lado tibetano está tentando conseguir uma autonomia significativa sob o marco da constituição chinesa.
Sua Santidade disse ao professor que colocou a pergunta em público que "Nós apreciamos sua genuína preocupação sobre o tema do Tibete" e acrescentou que o Japão como país democrático deveria ter mais preocupação com a causa tibetana.
Ontem mais cedo, quando Sua Santidade estava respondendo à mídia japonesa sobre a recente avalanche de auto-imolações no Tibete, ele pediu que a China revise os 60 anos de política no Tibete, dizendo que o uso da força é contraproducente e não trará paz e estabilidade.
Ele disse aos jornalistas que havia entregue sua autoridade política ao lider tibetano eleito e que o atual chefe político tibetano estava em visita a Washington DC. Por outro lado, disse, é melhor fazer a ele a pergunta sobre o tema das auto-imolações.
No entanto, acrescentou: "Falando como um tibetano comum, estes são incidentes muito tristes e os líderes em Pequim deveriam examinar a causa última destes trágicos incidentes. Esses tibetanos estão em uma situação de tremendo desespero; de outro modo, não cometeriam atos tão drásticos".
Sua Santidade recordou-se de uma dos altos líderes chineses do partido em Guangdong que disse em 2009 que a autoridade central deveria rever a política sobre minorias nacionais. Este enfoque, disse, é correto, científico e realista e é chegado o tempo de revisar sua política no Tibete nos últimos 60 anos.
"O Primeiro Ministro (chinês), Wen Jianao, disse publicamente que a China precisa de uma reforma política e um estilo de democracia ocidental. A liderança chinesa deveria pensar seriamente sobre isso. O tempo de usar a força passou e está obsoleto. Confiar na força é contraproducente e nunca trará unidade e estabilidade", acrescentou Sua Santidade.
Tradução livre de Jeanne Pilli
http://spanish.tibetoffice.org/salon-de-noticias/actualizacion-de-noticias/su-santidad-el-dalai-lama-agradece-la-preocupacion-japonesa-por-la-cuestion-de-tibet-llamando-abeijinga-revisar-sus-60-anos-de-politica-en-tibet
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