terça-feira, 22 de novembro de 2011

Legisladores autralianos pedem à China a encerrar a cruel opressão aplicada ao Tibete

Terça-feira, 22 de novembro, 2011



Canberra: O Sr. Micheal Danby MP, Secretário do Comitê de Representação Conjunta em Relações Exteriores, Defesa e Comércio, e o Sr. Laurie Ferguson MP, Secretário do Sub-Comitê de Direitos Humanos, em 14 de novembro, pediram ao governo chinês para cessarem as medidas repressivas agravadas contra os monges do Monastério Kirti em Ngaba, no Tibete Oriental. O Sr. Danby fez um pronunciamento no Parlamento semana passada no calor dos recentes incidentes de auto-imolação por jovens tibetanos num apelo desesperado para chamar atenção para o aumento da cruel repressão aplicada aos direitos religiosos e políticos dos tibetanos. 11 tibetanos atearam fogo aos próprios corpos desde março deste ano – nove apenas nas últimas cinco semanas.



“A opressão aos monges tibetanos desde a revolta de 2008 tem sido brutal e repressiva”, disse o Sr. Danby. As autoridades chinesas estão usando força extrema no ato de repressão no Monastério Kirti, reforçando as campanhas de “educação patriótica” e banindo indefinidamente as atividades religiosas do monastério. No início do ano, 300 monges deste monastério foram afastados para receberem “educação legal” por terem participado de uma demonstração.



“A repressão aos monges no Monastério Kirti exemplifica a opressão mais ampla através do Tibete contra qualquer expressão de identidade tibetana através de sua prática religiosa. Este processo de eliminação da herança cultural tibetana e a remoção dos monges dos monastérios estão violando diretamente a liberdade de religião e crença”.



Em 19 de outubro, o governo australiano levou suas preocupações ao governo chinês, tanto em Beijing quanto em Canberra, a respeito das imolações e pediu à China para dar atenção às causas subjacentes de tensão no Tibete.



“Esta situação requer atenção urgentemente para prevenir que esses protestos fatais se espalhem mais. Ao mesmo tempo, a China precisa dar atenção ao ressentimento subjacente direcionado às políticas do governo chinês, que os tibetanos acreditam que ameaçam a sobrevivência de sua distinta cultura. Uma resolução da situação não irá beneficiar apenas aos tibetanos, mas também a estabilidade a longo prazo da China”.


Tradução livre de Bruno Arrais de Mendonça (brunoarrais@gmail.com).

Nenhum comentário:

Postar um comentário