segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Escritores Tibetanos presos na China

Nova York, 31 Outubro 2011 - O Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) denuncia a prisão de dois escritores tibetanos, um deles sentenciado após um ano de detenção sem julgamento, de acordo com relatos.


Uma corte em Aba, província de Sichuan, sentenciou o escritor e editor tibetano Jolep Dawa a três anos de prisão por acusações não reveladas, de acordo com a  Radio Free Asia e a Tibetan Centre for Human Rights and Democracy. Ele foi preso em 1 de outubro de 2010, e detido por um ano antes do julgamento, dizem os relatos. Jolep Dawa, que é também professor, editava a revista mensal em tibetano, Durab Kyi Nga, de acordo com a emissora e grupos de defesa.

Em um caso separado, oficiais de segurança prenderam o escritor Choepa Lugyal, que escrevia com o nome Meycheh, em sua casa na província Gansu em 19 de outubro, de acordo com o blogger tibetano em Pequim Woeser e o Tibetan Centre. Woeser é um respeitado comentador sobre assuntos tibetanos que também tem sido alvo de perseguição por relatos sobre o que acontece na região. Choepa Lugual trabalhava para uma editora em Gansu, e escreveu vários artigos impressos e online, incluindo a revista atualmente banida Shar Dungri

Notícias da Região Autônoma do Tibete são fortemente controladas e informações sobre prisões e julgamentos levam meses para emergir.


"As prisões de Jolep Dawa e Choepa Lugyal são profundamente perturbadoras, bem como a falta de transparência nesses casos", disse Bob Dietz, coordenador do programa CPJ Asia. "As autoridades chinesas aprisionaram mais de uma centena de jornalistas de etnia minoritária nos últimos três anos, com muitos julgamentos realizados a portas fechadas".

Shar Dungri foi publicada na sequência de conflitos étnicos entre tibetanos e chineses Han em 2008. Seu editor, Tashi Rabten, foi sentenciado a 4 anos de prisão sob acusações desconhecidas em julho, após detenção por um ano. Três dos freelancers da revista, Buddha, Jangtse Donkho e Kalsang Jinpa, foram sentenciados acusados de separatismo a quatro anos, quatro anos e três anos de prisão respectivamente, em 30 de dezembro de 2010, de acordo com a Radio Free Asia. A CPJ não pode confirmar independentemente essas sentenças.

Desde 2008, surgiu um padrão de prisões de jornalistas de etnias minoritárias, no imprisoned census do CPJ em 2009 e 2010. Vários jornalistas foram também aprisionados na Região Autônoma Xinjiang Uighur, o local de conflitos étnicos em 2009. O gerente do website Uighur website, Tursunjan Hezim foi sentenciado a sete anos de prisão por acusações desconhecidas em março, após discutir o conflito online.

http://www.cpj.org/2011/10/tibetan-writers-imprisoned-in-china.php




Nenhum comentário:

Postar um comentário